6 de jul. de 2010

Quem devemos seguir?

Opa gente, minha primeira mensagem aqui. Não vão ver muitas dela, afinal, passo o dia todo pensando, mas bate preguiça de digitar depois. Espero mudar isso, e quem sabe até ajudar nosso blog a enriquescer.

O que trago hoje aqui é uma coisa que ficou ecoando dentro da minha cabeça por quase um dia inteiro. Eu me perguntei se eu estava seguindo as aspirações do meu inconsciente ou então apenas acreditando no meu "Eu" lúcido. Parei pra pensar se as atitudes e coisas que eu venho tomando, estão acontecendo para o meu crescimento individual como ser pensante e racional, ou para o meu crescimento emocional, moral e divino. É estranho para e pensar nessas coisas, como um garotinho que há menos de quinze anos atrás desejava ser um astronauta, palenontólogo, mergulhador ou jogador de futebol traça uma linha reta, concorrente à origem na escala de 100:1, e acaba acertando tão longe, pensando que vai se realizar sendo um arquiteto.

Dúvidas, dúvidas.. Ecos que se rebatem nas paredes da minha cabeça vazia e enchem os meus momentos que deveriam ser reservados para o ócio. Será que o que eu faço é para seguir o que eu quero, ou é para garantir um futuro brilhante e contribuir para uma sociedade predatória, um mundo no qual eu não deveria me encaixar? Todos tem um plano que poderia mudar o mundo, óbvio. Não sou anarquista, tão pouco socialista. Se eu parasse para me rotular, talvez fosse um liberalista. Retornando, não sei se o que faço é o que gosto, ou se estou querendo me obrigar a gostar do que eu faço. Espero que até o final desse ano, eu tenha me decidido.

Sou do tipo que acredita que não devemos abandonar nossos sonhos do passado, afinal, são esses tipos de sonhos que nos carregam pela maior parte da existência mortal. É esse brilho que nós jamais devemos perder, a nossa estrela que deve ser alcançada de alguma maneira, em alguma etapa da vida. É muito plausível que jamais poderemos alcançar todas e ter nosso próprio Universo, pois ele seria um plano de contradições e tabus, coisas que sempre desejamos, mas nunca paramos para pensar como são contraditórias. Coisas do tipo: "Quero um mundo sem desigualdade, sem pobreza e sem crianças morrendo de fome!", contraposto com "Quero ser um grande artista plástico, ter uma cobertura na praia mais exótica do mundo e um carro esportivo de última geração".

É justaente essa contradição que faz o nosso Universo começar a sucumbir, pois tendo que optar entre duas situações assim, nos deparamos com a questão: "O mundo, eu não posso mudar sozinho, mas a cobertura da praia exótica, posso conseguir por mim mesmo!". Aí nós nos traímos pela primeira vez. É quando adolescentes, desistimos de ser nosso super-herói de infância e começamos a traçar planos de que tipo de emprego, que dê muito dinheiro nós vamos querer ter. O resultado disso, é um adulto-jovem que estuda e batalha para ingressar num competitivo mercado, mas ainda mantém os resquícios da infância e os sonhos de ser aquilo que realmente quer, de seguir o próprio coração, sem medo do que o mundo todo vai pensar, na verdade, sem pensar no próprio mundo.

Acredito que os sonhos sejam o tipo de combustível que faz com que tenhamos vontade de sempre seguir em frente. Então, não abandonemos nossos sonhos do passado, lutemos para mantê-los vivos. Acredito que muitas pessoas recém entradas no ensino superior podem vir a pensar da mesma forma, mas a questão é, esse tipo de opção é trair a si mesmo? Será que há alguma maneira de ser alcançar nossos sonhos, sem ter que destruir o dos outros? Até onde vai nosso código de honra, nossa ética e nosso senso de auto-preservação? Ou no que acreditamos?

Minha playlist rodou uma vez e meia pra escrever tudo isso, se me perguntarem qual musicas eu ouvi, acredito que não saberia nenhuma. É engraçado como nos desligamos do mundo enquanto pensamos.

Valeu, abraço pessoal. Desculpa ter me prolongado tanto no meu primeiro post. =)

3 comentários:

Jenny Schmitt disse...

Muitoo bom!! concordo contigo..acho que muitos de nós vive esta contradição..mas se fossem as duvidas, que graça teria a vida não é mesmo..
eu tb penso penso..e nunca consigo escrever XD

J. Julian disse...

Júlio/Eliphas:
Concordo plenamente, David! É justamente essa a contradição de nossas vidas. Que vai matar um dos nossos possíveis 'eus' para que o outro possa sobreviver. Infelizmente, não há escolha certa ou errada, mas sim a própria escolha, tão difícil como sempre foi.

Unknown disse...

Muito bom texto cara. Continue publicando coisas de qualidade.

Eu abracei meus propósitos e meus sonhos, não tenho dúvidas: morrerei pobre e louco como Van Gogh mas não deixarei de respirar meus vícios do viver.